Embedded finance: entenda por que investir nessa tendência

Embedded finance: entenda por que investir nessa tendência

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O objetivo desse post é apresentar a você, leitor, o conceito de embedded finance, suas aplicações e vantagens competitivas. Mas para deixar essa introdução um pouquinho mais interessante, propomos um teste. 

Imagine que seu computador quebrou e você não tem dinheiro para comprar outro. Qual é o melhor lugar para solicitar um empréstimo? 

  1. Em um banco
  2. Em uma fintech
  3. Na loja onde você está comprando o computador
  4. Com amigos ou familiares
  5. Com agiota

A resposta certa é: depende! Com exceção da última opção, é claro, que é ilegal e perigosa!

O que queremos que você perceba é que foi-se o tempo em que serviços e soluções financeiras se restringiam apenas a organizações do setor. Atualmente, é possível conseguir crédito para compra de um determinado bem na própria empresa onde você está adquirindo ele. E mais: com condições de pagamento interessantes.

A democratização da tecnologia ampliou fronteiras e fez com que a linha que separa serviços financeiros tradicionais e os novos provedores — que originalmente não têm relações diretas com universo das finanças — seja cada vez mais tênue.

É nesse contexto que o conceito de embedded finance ganha importância. Entenda, a seguir, o que ele significa e os motivos para investir nessa tendência.

O que é embedded finance? 

Finanças embarcadas ou finanças integradas. Essa é a tradução livre do termo embedded finance, usado para se referir a players que não são originários desse mercado mas que oferecem soluções e serviços financeiros de forma nativa.

Um exemplo são sites de viagens, que além dos pacotes, hospedagens e passagens aéreas característicos da operação, oferecem seguros e cartões de crédito. 

Outro caso cada vez mais comum é o de grandes varejistas que, além da venda de produtos, oferecem contas digitais, empréstimos, financiamentos, renegociação de dívidas etc.

Perceba que, em ambos os exemplos, os serviços financeiros não são o core da operação, porém, certamente contribuem com ela de maneira direta.

Por que investir nessa tendência?

Conquistar clientes é um grande desafio para as empresas contemporâneas. Nesse sentido, investir em embedded finance é uma excelente estratégia. Isso porque ao embarcar tecnologia financeira nos processos organizacionais é possível ampliar o portfólio, tornar trâmites de pagamento mais rápidos, obter maior alcance e retenção de clientes e criar soluções personalizadas. 

E neste ponto, vale lembrar de um público em especial: os desbancarizados. Segundo um estudo do Instituto Locomotiva de janeiro de 2021, 34 milhões de brasileiros não possuíam acesso a banco — parcela que corresponde a 21% do total da população e movimenta, por ano, por volta de R$ 347 bilhões.

Ou seja, trata-se de um público para quem soluções com finanças embarcadas fazem muito sentido: economicamente ativos, conseguem acesso a crédito, empréstimo e outras alternativas sem necessidade de possuir conta em banco.

Há ainda exemplos em que investir em embedded finance funciona para além da viabilização da aquisição de um bem ou serviço: tem relação direta com estratégias de retenção, fidelização e mesmo monetização das operações.

Um exemplo clássico é a cafeteria Starbucks, que criou um programa de fidelidade chamado Starbucks Rewards. As regras são bastante simples: para ter direito aos benefícios — que vão de doses adicionais de café a garrafas térmicas — basta abastecer o cartão pré-pago com regularidade e efetuar o consumo por meio dele.

Para os clientes, a vantagem é clara: quanto mais se consome, mais benefícios se tem. Para a empresa, os pontos são ainda maiores. Além da retenção, o Starbucks consegue monetizar a operação, uma vez que muita gente abastece os cartões e deixa o dinheiro lá parado por meses ou mesmo anos. Ou seja, a cafeteria recebe um pagamento antecipado por seus produtos e pode investir esse lucro em suas operações. Não à toa, muita gente considera o Starbucks o maior ‘banco’ do mundo, uma vez que ele tem mais dinheiro em caixa do que muitas financeiras.

Além da possibilidade de uso de embedded finance em pagamentos e em forma de cartão de crédito, seja ele pré ou pós-pago, a embedded finance oferece outras aplicações práticas, como:

  • cashback;
  • empréstimos;
  • seguros;
  • contas digitais;
  • transferência entre contas;
  • serviços de recargas.

O leque é tão amplo que, segundo a Juniper Research, a expectativa é de que esse mercado alcance 138 bilhões de dólares em 2026.

Como ter finanças embarcadas em sua empresa?

Antes de explicarmos como aplicar a embedded finance na sua empresa, é preciso fazer uma consideração importante: disponibilizar recursos com finanças embarcadas não necessariamente significa que uma empresa deve passar a atuar como um banco ou financeira, nem tampouco que precisa de uma licença completa para isso.

Isso porque é possível atuar neste segmento optando estabelecer uma conexão com provedores de serviços Banking as a Service, ou seja, a loja ou instituição parceira responde pela oferta e formalização da solução financeira mas o suporte do serviço é realizado por uma instituição do setor, como um banco, por exemplo.

Por conta disso, a implementação do embedded finance depende da utilização de API’s, que reúnem um conjunto de padrões de programação capazes de liberar acesso a um app ou software. Na prática, são as APIs que permitem a comunicação entre sistemas de integração.

Considerando que as soluções financeiras não integram o core business de seu negócio, é importante contar com um parceiro de tecnologia com know-how na área que pode te ajudar. Aqui, oferecemos desde consultoria especializada em design de serviço a squads ágeis, prontos para colocar seus planos em prática e ajudar você a adotar a estratégia com mais segurança, rapidez e a menores custos.

Se você ficou interessado no tema e deseja entender melhor como as finanças embarcadas podem abrir boas oportunidades de expansão e atuação para o seu negócio, entre em contato com a Monitora.

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